quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Estado de Mato Grosso do Sul


Diante das discussões sobre a mudança de nome do estado de Mato Grosso do Sul, considero questionável a validade da manobra como alternativa para ajudar no desenvolvimento econômico, social e cultural do nosso estado. Nunca me importei em ser chamado de “Mato Grosso” quando visitei outras partes do país, sei que isso acontece e continuará acontecendo pelo Brasil afora, tanto de nossa parte como de parte dos Mato-grossenses “do norte”. Conheço bem minha terra natal e uma alcunha dessa não vai influenciar nesse conhecimento, bem lembrando que nasci em Amambai ainda estado  de Mato Grosso e toda a minha geração contemporânea e anteriores nascemos Mato-grossenses. No decorrer da nossa historia fomos envolvidos pela decisão politico-administrativa dos mandatários da época e absorvemos essa decisão tornando-nos “Sul-matogrossenses”. Hoje existe uma questão de autoestima a ser resolvida por nossos conterrâneos: Ser ou não ser Mato-grossense? Desde a época da divisão do estado    nos preocupamos em desenvolver nosso pedaço, era o nosso chão a ser pisado, trabalhado e reconquistado entre nós mesmos. Não pensamos no gentílico. Dormimos com um novo estado  e acordamos agora a pouco, cidadãos do estado   “antigo”. Essa questão importa tanto para nós quanto importa nada para o resto dos brasileiros (considero que eles falham em geografia). Mudando o nome do estado em função da falta de conhecimento dos brasileiros de outros estados, continuaremos a ser Mato-grossenses e Sul-matogrossenses, porem brasileiros antes disso e acima de tudo. Caso o nome seja alterado teremos nas gerações futuras um dilema semelhante ao nosso: Nascemos sob um gentílico e vivemos sob outro. A minha (nossa) geração terá um segundo dilema pendente do mesmo assunto. E aí? Como será resolvido? Mudando novamente o nome do Estado? Penso que não. Creio que não podemos transferir esse problema para os próximos cidadãos Sul-matogrossenses nem amplia-lo para os atuais, sob o risco de paralisarmos ainda mais o desenvolvimento de nosso estado   por conta da latente discussão sobre nossa herança. Já que temos um estado, tratemos de desenvolvê-lo com politicas de incentivos comerciais e sociais mais abrangentes e efetivas, atrativos de investimentos, valorização do trabalho do cidadão do Mato Grosso do Sul. Já que temos um estado, vamos estudar, entender, expandir nossa cultura e tradições. Já que temos um estado, vamos vive-lo. Seremos entendidos e valorizados.

Marco Antônio Ormai


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